A caminhada
Pedras salientes
Buracos abertos
Pernas dormentes
Olhos dispertos
Pé ante pé
Passos doridos
Caminho que parece,
mas não é
Caminhos perdidos,
de quem me aquece
Pedra aguçada
Buraco profundo
Amores sem nada,
sem deusas no mundo
Caminho agreste
Silvado agrecivo
O não que me deste
No caminho perdido
Continuo caminhando
Pedra sobre pedra, dureza
Buraco em buraco, agonia
Rastejando na minha certeza
Que este caminho
Será nosso um dia
José Alberto Sá
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