Deixa-me em paz
Difícil ver-te partir
Tua ausência foi rápida, dolorosa
Nem o vento ficou a sorrir
Não senti sequer, um beijo de rosa
Na rua fiquei à chuva
Senti meu corpo molhar
Senti-me no pisar da uva
Senti o carinho voar
Difícil perder afeto, amor
Entreguei-me ao céu cinzento
Ao jardim sem flor
Difícil... Eu não aguento.
Molhado, pensei não sobreviver
Tempestade da minha solidão
Ventos, marés, vozes do meu ser
Saudades em meu coração
Gritei alto, quero-te
Ausência de tua resposta
Gritei novamente, espero-te
Sentimento de quem gosta.
Nada... Foste embora
Recordo teu gesto, no teu partir
Amei-te, não me despeço
Falei-te de mil segredos a sorrir
Vou esperar o teu regresso
Disseste-me, deixa-me em paz
Porquê? Só quero ser amigo
Se em maldade, nada sou capaz
Espero que voltes ao teu abrigo.
José Alberto Sá
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