Veneno
Desliguei…
Peguei na faca à procura,
de um destino
Sou a mente diluída sem figura
Sem hino.
Desliguei…
Meu olhar de loucura
Pálido, branco em demasiado
Droga pura!
Suores, frio… Desmaiado.
Desliguei…
Cérebro negro na procura de luz
Corpo sem sombra
No carregar desta cruz.
Desliguei…
Vida sem sistema
Pântano incerto
Teatro sem tema
Garganta em aperto.
Desliguei…
No avanço da lâmina ao corpo
Sem amigos, sem rumores
Jangada sem rio…morto
Sem amores.
Desliguei…
Braçadas sem mar, lodo e lama
Já nem mosquitos sinto
Espero na cama…
Parei com a droga…
Minto.
José Alberto Sá
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