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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Veneno


Veneno


Desliguei…

Peguei na faca à procura,

de um destino

Sou a mente diluída sem figura

Sem hino.

Desliguei…

Meu olhar de loucura

Pálido, branco em demasiado

Droga pura!

Suores, frio… Desmaiado.

Desliguei…

Cérebro negro na procura de luz

Corpo sem sombra

No carregar desta cruz.

Desliguei…

Vida sem sistema

Pântano incerto

Teatro sem tema

Garganta em aperto.

Desliguei…

No avanço da lâmina ao corpo

Sem amigos, sem rumores

Jangada sem rio…morto

Sem amores.

Desliguei…

Braçadas sem mar, lodo e lama

Já nem mosquitos sinto

Espero na cama…

Parei com a droga…

Minto.


José Alberto Sá

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