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sábado, 10 de setembro de 2011

Um dia...


Um dia...


A idade... Come a vida

Acordei... Um dia a menos

Adormeci... Um dia a mais

A hora corre, em mim acrescida

Amemos...

Rezemos...

Conto os dias, não são demais

Já quase vi tudo... Que mais

As mãos estão sujas... De tudo

O cheiro todo... Conheço

A idade... Caminhos reais

Do tempo que não mereço,

ser pobre ou ter canudo.

Minhas veias estão cansadas

Minhas pernas tremem... Sofrer

Meu coração em badaladas

Dizem-me que vivo pelo bater

À noite tudo pára... Mas continua

Meu corpo cai inerte

Adormeço e viajo ao mundo da lua

E não há quem me aperte

Meu corpo atira-se para o fim

Meu filho cresceu... Depressa

Fiz tudo... Para o que vim

Deixo em terra outra remessa

A cidade não pára

O mundo não me conhece

Igual aos outros fui... Na vida cara

Igual aos outros vou... Assim acontece


José Alberto Sá

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