Silêncio...
Gritar em silêncio é barafustar a leveza da serenidade.
Calar...ausência de barulho, reflectir e educar.
O silêncio faz parte da minha educação, saber ouvir, saber calar e saber falar...em silêncio!
Sim...eu sei dialogar em silêncio, porque o barulho...já quase não sei!
Tenho pena, pelo silêncio, ser algo quase desconhecido, quase ausente.
Vazio? Sim, conheço o silêncio vazio de nada e cheio de tudo, gosto de preencher com palavras surdas o meu silêncio.
Ao longe o silêncio é aquele buraco negro, ninguém respeita.
Pensei em contruir um poema da não existência do silêncio...minha leveza.
Minha inspiração em poesia, minha fantasia barulhenta, em meus pensamentos suaves e melodiosos, que do barulho não se lembra.
Hoje quis desabafar em silêncio, por isso, faça você o barulho.
Silêncio
Silêncio, minha melancolia
Meu deserto...
Minha paz, minha mania
Meu segredo, para vós aberto
Pensamento em movimento
No silêncio do vento
O meu perdoar.
Quando respiro silêncio... No meu voar
Alimento...
No relembrar do passado
Na imaginação do futuro
Alimento em silêncio... Amado
O barulho isola-se no muro
Minha paciência, meu lamento
Silêncio, minha consolação
Semente genuína, meu casamento
Humildade, Deus e coração
O silêncio é fé, oração
Porque no silêncio... Sinto-te
No silêncio... Ouço-te
Já nem palavras escrevo
Sem que o silêncio exista
Devoção...
O levantar do meu ego.
Espero somente ouvir
Suspiros e gemidos
Do voar do pensamento, meu sorrir
Do silêncio ou barulho dos amigos
Silêncio que estou a silenciar
Silêncio que estou a imaginar
Silêncio que estou a amar
...Barulho... Nem a brincar.
Silêncio...
José Alberto Sá
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