Daninha
Deitei-me para amar
Tudo queria...
Deitei-me para abraçar
Queria o seu sentir, a minha alegria
Chão frio, terroso
Corpo seminu
Pedrinhas sorriam meu olhar charmoso.
Onde estás tu?
Deitei-me, abri os braços
Fechei os olhos por momentos
Tão bom! Quantos abraços
Acalmaram meus tormentos
Abri novamente e fixei
Olhei para ela... Linda e elegante
Quanto a amei
Quantas vezes desejei, aquele instante
Estendi a mão... Toquei
Vergou-se para mim
E ali lhe implorei
Vem... Vem... Para meu jardim
Estava vestida de verde alface
Era macia, aveludada
Sentia na minha face
Senti a minha amada
Deitado no chão
Puxei por ela, desenterrei-a
Planta do meu coração
Agarrei-a e levei-a
Para minha plantação
Agora era minha,
esta erva daninha
A minha paixão.
José Alberto Sá
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