Aperto
Rosto de sentimento
Momento triste
Momento de amor que alimento
Num banqueta de paixão, onde me viste
Mergulha em mim as tuas incertezas
Tuas dúvidas, angústias, teu passado
Vence comigo as profundezas
de um coração destroçado
Não me apetece lutar
Deixo-me levar na corrente
Sem saber se vou regressar
Ou se vou desaguar
No teu mar novamente
Sou um doido nesta terra
Sou um marinheiro à deriva
Sou uma arma sem guerra
Areia com pedras que não se criva
Rosto triste e magoado
Sem lágrimas salgadas, escorrendo
Simplesmente apaixonado
Num dia que me vai escurecendo
Sou o rosto da noite sem luar
Somente a paixão de viver
Metade vida, metade mar
Um cubo de gelo a derreter
Na saudade de se transformar.
José Alberto Sá
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