Pobre ou rico
Sentei-me no combro da horta
Sachola colocada a meu lado
Sabendo que ninguém se importa
Pela pobreza, por este meu fado
Sentei-me para olhar
Quantas sementes atirei
Quantas plantas semeei
Para me poder sustentar
O verde do oiro plantado
realçava na terra castanha
Minha alegria tamanha, mas pobre
Mas honesto...
Porque o resto...
É gente rica, gente nobre
Admirava o realce dos regos traçados
Alinhados e bem fardados
Vestidos a rigor
Eram legumes da minha horta
em todo o seu esplendor
Sentei-me consciente e feliz
Naquela terra estava a minha raíz
A janela do meu sol
A minha felicidade, a minha porta
O combro da minha horta,
também tinha um lençol
feito de verde esperança
E eu sentado admirava aquela dança
Borboletas actuavam para mim
No veludo verde da relva
Enfeitado por flores de Jasmim
Sentado descobri a minha riqueza
Sentado admirei o quanto cresci
Sentado vi toda beleza
Que a trabalhar eu construí
Pobre...mas rico de amor
Pobre...mas rico de felicidade
Pobre...mas rico de honestidade
Pobre...mas rico do meu saber
Pobre...mas rico por agradecer
Rico...porque assim eu quero ser
José Alberto Sá
menino José...
ResponderEliminarnão há maiores riquezas do que estas a declamar...
bjks doce ♥