Só, minha amiga
Foi na primavera
que conheci uma andorinha
assim que a vi, me apaixonei.
A sua beleza, a sua elegância, … não sei.
Pelas suas palavras…, talvez, assim que a li,
pensei…
que era minha…, que linda!
Voou comigo noites e dias
em voos de encantar.
Brisas que ambos sentimos
e ventos de namorar,
fomos brincando, quantas vezes nos rimos.
Em momentos que lembro ainda!
Nas suas palavras mágicas,
na sua realidade, que tanto amei.
Poesia de mar que escrevia,
e eu voava, nas ondas que ela fazia
dizendo na escrita que me amava.
Eras a minha luz, sentia-me iluminado
corpo sedoso, aveludado,
de asas macias.
Teu canto melodioso…, que me penetrava
e eu o escutava…, AMO-TE, ela dizia.
E eu a ela respondia…, ADORO-TE.
Encanto de quem sabia escutar,
mas o tempo piorou e chuvoso ficou,
a minha andorinha, sufocou
pelo amor.
Não mais queria voar.
Poisou…
Impotente, nada podia fazer,
tudo parou.
Deixei de ouvir…, AMO-TE
Deixei de dizer…, AMO-TE
Ela se foi…, o silêncio ficou,
e me faz desesperar.
Passará o Verão, passará o Outono
virá o Inverno e novamente será Primavera.
Sinto-me um cachorro sem dono,
na esperança que a minha andorinha,
seja o que era.
A minha felicidade foi quebrada,
vivo cada segundo a sofrer,
peço à andorinha mil desculpas
pois não a quero perder,
mesmo não querendo ser minha amada.
AMO-TE…, palavra de culpa,
poderosa palavra que me mastiga.
Volta para mim andorinha,
mesmo sem paixão…, sem amor…,
desejo que sejas amiga minha.
Queria esquecer, o tempo passado
palavras incompreendidas, que deixo para trás.
Conseguir voar novamente contigo,
como amigo.
Deixando-te na tua PAZ.
Voa andorinha,
voa a meu lado.
Voa para mim.
José Alberto Sá
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