Borboleta
Porque brilham os meus olhos?
Porque os verdes prados os encantam
melodias que vêm nos recantos da natureza
das flores que aromatizam o meu olhar.
Borboletas que voam, quando parecem rir
mostrando a felicidade, como que a brincar.
Sobem, sobem numa dança de pontas
suavidade, alegria e beleza.
Tantas bailarinas de asas que vejo,
no palco do meu amar
dançando de roda, na imensidão de flores.
Eu também danço e não me canso
de olhar.
Meus amores…
Eu ria…, eu delirava…, eu sentia
danças de amor, que a natureza me dava.
Corria para elas e com elas dancei
consegui flutuar numa clave de sol
quase adormecido… sonhei
sentia uma harmonia que reinava
só interrompida, pelo canto do rouxinol.
Dança e melodia, palco da natureza
deus natura, borboleta que amava.
Descalcei e descalço corri sobre o verde manto
braços abertos, senti que para meu espanto,
eu não sonhava.
Tudo acontecia, tudo verdade
o amor tinha-me abraçado
no palco de toda a vaidade e eu amei
e dancei aquele bailado.
Fechando os olhos podia sentir, o vento
que levava a minha dama, subindo no céu
subia e quase não a via, ela acenava
e suas asas pareciam um véu.
Borboleta que amei,
na certeza que ela me amou
por isso os meus olhos brilham,
pela felicidade, pela verdade
e pelas lágrimas de saudade,
que o vento levou.
José Alberto Sá
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