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domingo, 22 de maio de 2011

Sim, minha amiga

Sim, minha amiga

Querida amiga desconhecida,
você já notou como brilham ao sol, 
os grãozinhos de areia? 
Já notou como o número de grãos de areia
são incontáveis pelo homem?
Que esses simples grãozinhos
podem representar o infinitamente grande?
Querida amiga, amo os grãozinhos de areia,
amo as flores,
amo as estrelas, são uns amores
os sorrisos das pessoas,
o céu azul, a chuva,
a desconhecida que passa,
o bago de uva,
as pessoas que não me compreendem
os meus amigos.
Amo a vida e amarei sempre,
porque sei que em algum lugar há os grãos de areia,
há flores,
há sorrisos,
há um céu azul mesmo atrás das nuvens.
Mas... eis o que há de melhor,
minha querida amiga desconhecida:
Você existe.
Nada vai conseguir mudar
mesmo sem me ligar, sonhas comigo.
Porque nunca me viste.
E os grãos de areia são sempre do mar,
do meu deserto, do teu amar.
Mesmo destruindo as areias do teu mar,
não destróis a imensidão
só destróis as areias do teu mar,
mas nunca as que tenho na mão.

José Alberto Sá

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