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domingo, 22 de maio de 2011

Desilusão, não!

Desilusão, não!

Obrigado Senhor por eu existir,
que mundo maravilhoso me deste
vim para ficar, até ao meu partir
numa vida verdadeira, num mundo agreste.
Quanta luz, eu conheci
quanta claridade me iluminou
foi num amor que me deste,
que tão pouco tempo durou
do tempo que eu queria
e Tu não quiseste.
Mundo meu, que me abraçou
a ti peço explicação
do homem sem mentira, que sou
sem merecer desilusão.
Quantas flores em tom Lilás
me prometes-te, me querias dar a cheirar
mas a vida as arrancou, elas murcharam
salva-las não fui capaz
e de mim se afastaram.
Fiquei com a sensação, de um dia ver o esplendor
Ver o mar acariciando meus pés
senti-lo e sentir-me realizado.
Há vida que me deste, eu dei amor
ingloriamente sofro revés
de um amor que dizia Sol, que era amado.
Dizia ser…
Ser mulher, ser mãe, que lindo!
Ser homem, ser pai, maravilhoso!
Aqui estou Senhor, diz-me então
porque o MAR que estava vindo
tornou-se revoltoso,
que já não me está querendo.
Porque a luz que eu tinha, que disse que vinha,
não tem clarão
está sem chama e eu morrendo.
Desilusão.
Terra que me sorriste
porque me deste oportunidade
e agora foges sem razão
deixando-me a lutar sozinho.
Na minha verdade, nas tuas mentiras.
Aqui estou, aguento, continuo
moendo as duvidas no meu moinho,
pedra que desgasta o meu coração.
Palavras me deste e agora me tiras.
Desilusão.
Caminho traçado, cabeça erguida
nunca menti, sou eu, o que nasceu!
O que agradece, o imenso amor que recebeu,
oferecendo o dobro de seguida.
Sou eu Senhor, aqui estou.
Aquele menino, que veio para ser bom.
Aquele rapaz que corria sem parar.
Aquele homem que veio para amar.
Obrigado Senhor por me teres escolhido.
Por num mundo de injustiças
eu ser ouvido por ti.
Desilusão?
Não!
Sou eu, o mesmo.
E a vida eu já entendi.
Cabeça todos tem, coração? Não!

José Alberto Sá

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