Ser iluminado
Vozes que gritais,
falai...
Ouvir-vos estou e captando
sinto nos tímpanos, os reais
sons que ecoam, denotando
instintos celestiais.
Falai ó vozes, eu escuto...
aprendo e liberto o teu ensinamento,
eis que escrevo e permuto.
Dás-me inteligência, pensamento
e eu...
Dou-te a poesia, que desfruto.
Sabias palavras que rimam
aliviam o inconsciente,
palavras que iluminam...
Vozes que gritam, vozes de gente.
Vozes e mais vozes,... são luz
Entraram em mim, como Jesus.
As alegrias que digo
As tristezas que falo,
palavras de um mendigo...
ditas por luxúria, eu não calo
Grito, vozes que saem de dentro de mim,
revolta, alegria, raiva
Angústia, fome e no fim...
Uns tudo, outros nada!
Falai, vozes, gritai...
pecadores, almas santas
Todos tememos os ais,
Clarão do céu, sois mantas,
que nem todos iluminais.
Como eu agradeço, Ó Divino,
ter sido escolhido...
Sinto no meu ser o hino
bordado no meu tecido.
Sou feliz e honrado,
que a luz dentro de mim...
São vozes,
de um iluminado.
José Alberto Sá
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