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domingo, 22 de maio de 2011

O longe da vida

O longe da vida

Ó longe, vem, chega mais perto
alcance inútil, só miragem,
vem ó longe, és a viagem...
e eu te chamo, eu te alerto.
Longe, incapaz estou
mal te vejo, indeciso estou
cada vez mais perto
mais perto do nada,...mais longe de tudo
Sim, nada do longe eu preciso
névoas que me embaciam,
turvam e fecham o olhar.
Ó longe, vem, eles anseiam
por um longe, mais perto no amar
no juízo, no abrir...
No abrir de sonhos, longe
mais longe que o olhar e eu...
Tanto queria sorrir
ver-te ó longe, mais perto
num abraço, num só sentido
ter esperança num afeto,
num afeto repartido,
com esperança de voltar
a sentir um beijo, de ti.
Longe estavas e caprichosa
voltas-te e eu volto a sonhar
não vivo, não morri...
Vem ó longe e trás carinhosa
essa beldade, eu volto a chamar!
Vem ó longe, eu aguardo!
Vem, chega, pára...
já te vejo, ó maior!
já não sinto amargo,
estou cara a cara, sinto-me melhor.
O longe veio e ficou
e junto de mim também sonhou,
o tempo não parou,
e o longe será mais perto, quando estiver
perto do fim.


José Alberto Sá

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