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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

 

Minha terra, terra de sonhos

 

Minha terra se enche de silêncios e alvoradas.

Tem o cheiro de pão quente da minha mãe

e o vento que canta nas copas das árvores.

Tudo se tatuou em mim.

E o tempo caminha, sinto nos pés descalços sem pressa,

e cada passo é mais uma palavra que escrevo,

aquelas que se transformam em histórias que o mundo esqueceu.

 

Aqui, não existem muros que separam,

somente abraçam.

Aqui, não existem janelas que escondem,

elas tudo me revelam.

Aqui, os olhos que passam carregam o brilho,

naqueles que tal como eu, ainda acreditam.

 

A minha terra é sonho tecido em meus braços,

e moldado neste coração de esperança.

É igual ao riso das crianças que correm nos campos,

igual aos murmúrios das senhoras,

que bordam o tempo com agulhas de saudade,

na soleira da porta.

 

Na minha terra, o céu se deita sobre os campos

como um lençol bordado de estrelas,

e a lua, cúmplice, escuta os segredos que só eu guardo,

neste coração que a entende.

 

A minha terra não é só um lugar, é sentimento,

é raiz que eu vejo, que estas mãos sustentam.

É abraço que não se desfaz,

mesmo quando o tempo ameaça e faz doer.

 

A minha terra tem mil sonhos, e eu,

tenho mil realidades acordadas em mim.

Todas as perguntas quase impossíveis,

são respondidas com o amor possível.

O amor que tenho deste lugar, o amor que sonhei,

o amor que sonho e o amor que realizo para ficar.

 

José Alberto Sá






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