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domingo, 26 de abril de 2020

O meu sol


O meu sol



Tu… estás aí… longe…

Mas… tão perto que te sinto!

Porque te amo

Porque te quero…

Sempre

Porque és parte de mim

Porque és tudo

Porque o meu coração pulsa

Sabendo-te…

Tu… estás aí… longe…

Nem a morte

me vai separar do abraço

Levar-te-ei em amor

Só o amor sabe, o que é ser contigo!

… Filho!



José Alberto Sá

sábado, 25 de abril de 2020

Cravos de Abril

Cravos de Abril
O meu jardim chora…
Desânimos da terra onde plantaram flores
Acreditaram em mudanças e amores
E já ninguém sabe onde mora!
Semearam sementes de pétalas vermelhas…
Cravadas nas armas de cor esperança
Semearam o sorriso da criança
Com os arados de fogo… Que hoje nos lavram a vida
E os velhos desse canteiro… Gritam por amor e liberdade
Numa louca vontade de se gritar novamente…
Que haja uma nova semente… De lindas flores de Abril…
Nesta maldade viril… Governada sem igual…
O meu jardim chora…
Pelos cravos que plantaram em Portugal

quarta-feira, 22 de abril de 2020

És arte!

A primeira obra de arte... És tu
O primeiro gesto de arte... Foi meu
O primeiro artista... O poema a ti
A primeira vontade em arte... Fomos ambos
O primeiro... Fui eu na arte da vida
A primeira... Foste tu na arte do amor
A arte ganhou... A nós maravilha
Ganhou uma imensa galeria de arte...
O nosso amor... Arte divina.
José Alberto Sá

domingo, 19 de abril de 2020

Só mais uma vez

Dedicado à Musa que me inspira...
Só mais uma vez
Os meus olhos entregam-se à bruma, que ressalta dos olhos teus…
E quando os sinto vazios é porque os olhos de quem espero, se vestem de espuma num mar, com ondas que gritam aos céus…
E não são meus…
São os olhos teus…
São a continuação do perfume que aromatiza a menina dos meus olhos…
A íris que te quer ver…
Que se quer unir num olhar único… Dois corpos, dois corações em união…
Aí sim… É a junção…
Dois…
Seriamos um selvagem encontro, que desejo acender como fogo, numa chama que se pega fogo sobre a humidade, de cada lágrima que te chora…
Mas assim…
É pela face que o rio se faz sentir, cada lágrima o vento seca, mas a brisa sempre traz a saudade e o perfume dos teus cabelos… Esses macios e moldados fios, que te descem pelo pescoço, para que eu seja um olhar perdido em ti… E te peça… Encontra-me…
Quando fecho os olhos sinto areias de um deserto quente, sofredor, cavado pelas trincheiras da tua ausência… Abro-os para que te encontre, e…
A face se sente molhada, o rio corre em cada soluço… As gotas que caiem nos lábios que te gritam, se fazem sentir salgados na saliva que abraça a língua, sozinha… Sinto-te… Saboreio-te… Nas lágrimas da lembrança… Lágrimas iguais às de criança, mas que ainda não te conheciam…
Hoje são por ti… Peço-te… Encontra-me…
Existe sempre a esperança… Os olhos da poesia que escrevo são vestidos de humidade e de verdade… Entrego-os à saudade…
Os meus olhos entregam-se… São teus… Os teus, talvez…
Deixa-me olhar-te, olhos nos olhos, só mais uma vez...
José Alberto Sá

quarta-feira, 15 de abril de 2020

No tic-tac do tempo



No tic-tac do tempo

São imensos os abutres a quererem entrar

São imensas as razões a suportar

São imensas as chaves numa vida

São imensos os anjos a abraçar

A escolha é nossa... Pois a chave mais querida, é a verdade e o amor de quem nos suporta!

E essa é, a chave da minha porta.


José Alberto Sá

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Querer...

Querer conhecer-te
É querer que existas!
Por isso, olho-te, toco-te,
respiro-te, esmago-me em ti, e...
Acordo sozinho, mas feliz!
José Alberto Sá


sábado, 11 de abril de 2020

De ti minha mãe...


De ti minha mãe



Cravam-se diante de ti os olhos

És o jardim da minha íris

Tudo és em glória o vento que oiço

No branco dos cantos aos folhos

Onde os olhos choram descalços

Cravam-se diante de ti meu ventre

És o amor da minha visão

Tudo és em glória do tempo em baloiço

No negro do bater do meu coração

Onde cada batida

é saudade, unicamente



José Alberto Sá