O mendigo
Há chuva na estrada
Das gotas do céu
São roupa molhada
Estendida e amarrotada
Num mendigo, ser humano,
como eu!
Há chuva que molha
Das gotas que amam
perdidas aos molhos
Numa vida sem escolha
Numa água que arrasta
a triste e já morta… A folha
Que morta grita,
como doces olhos
Há chuva de madrugada
Das gotas do mundo
Mendigos na proa
De um barco lá no fundo
Na chuva que lava
As mentes sem cor
Que não lavam a dor
Que não amam o mendigo
Na chuva da estrada!
Perdidos… E eu digo!
Sem nada!
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