A verdade não engana
Tenho dúvidas nas
imensas verdades das pessoas.
Não me consigo
pronunciar perante os gritos que me soam a surdez.
Já não cesso as
palavras que escrevo, já não tenho medo de fugir, já não tenho medo de me
mostrar.
Existe tanta
moralidade e imoralidade na arte de representar, de dizer, de fazer e nada ser
perfeito neste teatro da vida.
Tenho vários
disparates na mente, que me fazem semelhante ao recém-nascido, que somente chora
pela incapacidade dos meus passos.
Não me consigo
libertar das memórias, porque elas trazem outras memórias de coisas que nunca
fiz e tanto queria fazer.
Quanta vontade de me
esconder e não ver ninguém, pergunto-me por vezes, porque me vejo na rua diante
de estátuas que passam e sorriem para mim, também elas perdidas no impossível
da sobrevivência des(humana).
Tenho dúvidas dos
quadros imortais, que se exibem para um público de indecências e de falsidades
sem pudor, outros são os quadros que representam civilizações sem povo a
aplaudir, num vazio constante de ideias.
Não consigo parar de
pensar, que serei museu de um tempo findo, onde a memória dos outros já não
interessa, pois parte de mim já é sem corpo e somente alma vagueia, sem
vaguear.
Queria muito viver
agora, ser o exemplo de cabelos ao vento, ser os lábios que amam, ser e ter
adornos que cativem o amor.
Tenho dúvidas… Mas vou
lutar mais ao menos consciente das tendências, das obras que me beijam, abraçam
e vivem comigo nos temas que carrego no meu coração.
Tenho dúvidas, mas
necessito viver com todos.
E todos é toda a gente
que vive verdadeiramente, porque só a verdade não engana!
José Alberto Sá
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