O mundo de mim nada sabe
Nem a voz de quem ordena é exactidão
Eu vivo o amor que em mim cabe
Dando ao mundo o suor de cada mão
E mesmo sabendo que não me escutam
Digo de mim a sabedoria
Trabalho arduamente pelos que permutam
O amor suado com alegria
É assim o mundo das inteligências corrosivas
É assim o corroer de altiva voz bruta
Fazer sentir um milagre pedido ao mendigo salva vidas
Que sem opinião se vê frouxo na sua luta
Dizem alguns que é mudança
Para outros o dinheiro é soberano
Para quem grita e mendiga o trabalho é esperança
De um teatro sem artistas ao fechar do pano
Assim é o dia entre obstáculos e paredes
Assim é a evolução des(humana), sem amanhã
É assim o mundo trabalhador preso entre redes
É assim o poder de um mundo, que talvez será!
O mundo de mim nada sabe, nem quer saber
É por essa razão que somente sou eu
Um ser humano capaz de compreender
Que a morte é igual, desde que o mundo nasceu
José Alberto Sá.
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