Com certeza, incertezas
Não tenho dúvida que sou o organizador do incerto, aspiro
organizar o reino que persigo, estou enraizado na humanidade e pronto a lhe dar
forma, a lhe dar a minha solidez… Isto se eu conseguir, pois sou organizador do
incerto e o incerto é a parte que não sei, ou sei e ainda não o fiz.
Não tenho dúvida da minha sensibilidade sobre a beleza, tenho
noção das impurezas, do surreal plantado por debaixo da base, dos cremes e da
pintura, por isso estou obcecado pela beleza pura e sem remendos.
Não dou importância à curva que teima, mas sim ao traço que
queima e segue uma direção, a liberdade faz-me preservar a estrada que sigo, ou
reta ou curva, tem que ter amor, moral e oferecer confiança, pois o futuro na
dúvida é quem me organiza.
Não tenho dúvida perante os fantasmas, perante o diabo,
perante as almas, perante as direções sem direção, aí impera a regra, a maneira
com que me liberto da reconciliação, aquela parceria que fiz ao nascer, aos
fantasmas deixei-os nas entranhas, ao diabo carreguei-o o tempo suficiente,
para que ele soubesse que era mais forte que ele, das almas me vejo
acompanhado, pois as direções que tomo são puras e só almas puras me conseguem
levar.
Não tenho dúvida que sou o organizador do incerto, o certo
sou eu, porque o eu incerto na dúvida o organizo antes de escrever, antes de
falar, antes de caminhar, antes de olhar, antes de amar e antes de viver.
José Alberto Sá
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