Carnaval
Hoje não vou à rua,
porque tudo é real, cada artista um corpo pintado ou a mente esculpida, cada
ser, um ser trocado ou achado nesta vida!
Mascarados eu encontro
durante todo o ano, tantos são os felizes, que não o são, outros que são e não
dizem, e outros que mal dizendo, são todo o ano perdendo!
Máscaras e mais
máscaras em corpos sem criador, modelos de olhos tristes numa vida em bolor e
tudo é engano em sorrisos todo o ano!
Hoje são substitutos
de fetiches e algo mais, loucuras e projeções, momentos e alucinações, onde se
é perdido por dez, ou perdido por mil e quem sabe, por muito mais…
E o espectador que em
silêncio lhes sorri sabe do podre da vida e do mundo que eu já vi… Por isso, hoje
não vou à rua…
Não tenho intenção,
nem sistema, nem direção, tenho programado somente meu coração, um lema e uma
mão, que ama e se mascara de feição, de simplicidade, de humildade e amor em
união.
Hoje é Carnaval, e só
hoje alguns se vestem na real, hoje brincam no meio da rua, sem pensar, sem o
seu consciente, seu inconsequente, indeferente ao interminável mundo que
mascarado todo o ano continua e eu não me engano! Hoje vou ser igual, não vou à
rua por ser Carnaval!
José Alberto Sá
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