Até mim
Desce, desce até mim
monumento, imagem de luz e sorrisos.
Desce até mim,
reduzida nas roupas que te tapam, que te fazem dominadora.
Vem e desce como se
fosse um ritual para a posteridade, uma descida com vaidade e em mim tatuada de
suspeita paixão.
Desce, desce até mim
inevitável donzela, boneca onde me sinto artista porno, vem, desce e absorve o meu
querer em teu retorno.
Vem ver, vem sentir
minha encarnação do amor, minha pureza de um céu inexistente, que somente
existe em mim, vem olhar novamente a pele eriçada, doce e quente neste jardim
Desce, desce até mim,
vem ver o mundo que tenho, mundo onde vivo e te desejo amar… Desce, desce à
terra, ama o céu e beija o mar.
Desce daí, desce até
mim como se fosses andorinha, voa no peito que te quer receber, voa dominante
sobre a minha luz e sente, sente o vento e a tempestade que provocamos os dois.
Desce, desce princesa
de um reino meu, quero-te abraçar em meu colo e eternizar a tua descida… Desce
e serás o amor de uma vida… Desce.
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.