O grito
O grito da Ágata
demonstrou,
que o final foi
território desbravado,
quando gritou!
Então dela nasceu o
êxtase,
no momento, no segundo
em que amou!
A sala estava quente
e as sombras na parede
eram escorridos em
labareda,
estava calor e a
lareira estava acesa!
O grito era o sinal,
de um final sem laços
apertados,
a nudez era absoluta
e a boca mostrava uns
lábios,
a fome mostrava a
fruta!
Aquela boca que
gritou,
que humedecida se fez
ouvir,
foi a boca que levou a
razão a todo o meu sentir!
O grito ecoou baixinho…
Eu ouvi!
A boca humedecida…
Estava igual à minha!
A Ágata ofereceu seu
território… Eu senti!
E no final gritou
baixinho… Agora adivinha.
Quem estava com ela?
Naquela sala, num dia
quente e de lareira acesa!
A sala era um céu de
amor!
A lareira a faminta vontade!
O grito era o êxtase e
o fervor!
O final era o amor e a
liberdade!
Era eu… Era ela!
José Alberto Sá
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