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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O grito

O grito

O grito da Ágata demonstrou,
que o final foi território desbravado,
quando gritou!
Então dela nasceu o êxtase,
no momento, no segundo em que amou!
A sala estava quente
e as sombras na parede
eram escorridos em labareda,
estava calor e a lareira estava acesa!

O grito era o sinal,
de um final sem laços apertados,
a nudez era absoluta
e a boca mostrava uns lábios,
a fome mostrava a fruta!
Aquela boca que gritou,
que humedecida se fez ouvir,
foi a boca que levou a razão a todo o meu sentir!

O grito ecoou baixinho… Eu ouvi!
A boca humedecida… Estava igual à minha!
A Ágata ofereceu seu território… Eu senti!
E no final gritou baixinho… Agora adivinha.
Quem estava com ela?

Naquela sala, num dia quente e de lareira acesa!
A sala era um céu de amor!
A lareira a faminta vontade!
O grito era o êxtase e o fervor!
O final era o amor e a liberdade!
Era eu… Era ela!


José Alberto Sá

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