E ela e eu…
E ela sentada nada me
dizia! E eu de pé observava a obra-prima!
E nós somente fitamos
os olhos um do outro e desfrutamos tudo que a mente quer e deseja!
Fechar o olhar não
estava no horizonte de algum de nós, assim me dizia o seu e o meu sorriso!
Transe, inquietação,
angústia, vontade, luxúria e mil delícias se avistavam num espelho que mostrava
o outro lado do corpo! A nudez de ambos era o mundo por conquistar, vi-me
adulto e adolescente por momentos…
Alguns cabelos brancos
de caminhos já percorridos, e algo aventuroso se fazia notar em mim!
O motivo tinha sido o
trocar de pernas, o desnudar do mistério, de uma senhora de cabelos pintados ou
uma jovem capaz de me fazer sentir estático!
E ela sentada nada
dizia! E eu de pé, já não observava a obra-prima… Já sentia o universo da
vontade feminina, somente estava mais perto, de pé! E ela sentada!
Eu gosto de horizontes
sonhados e de um sofá como testemunha!
E eu sentado observava
a obra-prima! E ela de pé, por mim acima!
Fechar os olhos não
estava no horizonte de algum de nós, assim me dizia o regalar de pálpebras e
respirares sufocantes!
Continuamos… Mas agora
ambos nos sentamos! E ela nada dizia! E eu somente sentia o que o espelho
refletia!
E eu deitei e ela
deitou!
O mundo é para mim um
pedaço de psicologia e mestria afinada pelo amor!
E eu continuei e ela
continuou!
O amor afinado pela
mestria é psicologia num pedaço de mim e do mundo!
José Alberto Sá
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