Oh,
o amor confunde-me!
Oh,
beleza dos montes carnais,
vestidos
de prazer e pouco mais!
Oh,
obsceno corpo deitado
que
me ergue as sensações!
Oh,
sofrimento que dilacera a minha lucidez
e
os meus ais!
Oh,
desespero urticante provocado pelo suor,
que
me arrepia e vejo desaguar num mar de emoções!
Oh,
pedaço de beijo que sinto lambuzado,
no
meu queixo, pescoço e ouvidos!
Oh,
serviço na tela por onde o pincel desliza e pinta…
Oh…
E pinta!
Oh,
querer luxuriante, que intriga este meu olhar penetrante
e
os sentidos comovidos!
Oh,
mulher coração, que me faz voar
e
descer para que não minta!
Oh,
colossal gemido que sai…
Não
sai e se abafa com meu lábio carmim!
Oh,
planeta que me acolhe
e
me faz descansar na minha cama!
Oh,
vales e desertos, húmidos e esbeltos…
Que
me abraçam gritando não… Por vezes sim!
Oh,
pecado deste homem, que nasceu assim…
Assim
se o amor me chama!
Oh,
o amor confunde-me!
Mas
é bom!
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