Arte contemporânea em amor
Penso jovem, quando me
entrego à arte contemporânea…
E lamento a ausência
desta arte, quando te renuncias ao bailado que amo fazer…
É tão inconveniente
faltares ao corpo que te espera… Como sentir a música sem que estejas em meu passo.
Penso jovem, quando
pinto abstratos corpos misturados com as cores, que vou traçando com
espatulados bruscos ou suaves, consoante a ira da tua ausência ou presença!
É urgente que a arte
contemporânea apareça em minha vida, és a versão mais pura do meu estímulo e
vontade de praticar arte.
Amo regressar ao meu
primitivo ser e soltar o que de mais moderno tenho! Já nada te escondo nesta
dança feita de passos, beijos, abraços e roupas caídas no chão.
Penso jovem, quando na
arte misturo sinónimos, antónimos e anónimos desejos que hoje peço que sejam
meus.
De ti somente quero a
arte e me faças feliz. Pois tens contigo algo particular, só teu, admirável,
perturbador… Um soberbo néctar atrativo, que me leva à arte num todo… A arte de
amar.
Penso jovem, quando
vejo a concha abrir, como se fosse uma planta carnívora que me rouba um pedaço
da minha arte e se emaranha como se fosse uma ventosa, húmida e viscosa.
Não consigo esquecer,
quando te abandonas e te entregas a mim.
A arte contemporânea é
esta dança que quero… Hora só, hora quando estás!
Trata-se de pensar e
dialogar com o universo do artista, onde a tela é o amor de dois cérebros que
desejam ser modelo!
Penso jovem, quando a
união é indivisível, mesmo estando só e contigo em pensamento!
José Alberto Sá
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