Nada sou perante as
palavras
São enormes as
palavras, que as sinto adelgaçadas e perfeitas nos seus contornos.
São disciplina em
forma de rapariga, digo rapariga no seu ondular, onde as vejo sentadas nas
linhas do meu sonhar… Um sonhar feminino.
A linha onde as
escrevo faz com que as desenhe perfeitas, como perfeitas são em cada milímetro,
as palavras que escrevo para ti…
Presto homenagem às
palavras imaginadas e perfumadas num corpo que imagino… Vénus. E vénus és tu…
São enormes as
palavras que imagino no centro do erótico do meu cérebro, são obra-prima em
cada ondular da minha massa cefálica.
Enormes são pela nudez
as palavras que imagino no horizonte, para lá de um sol feminino, que me
transporta através dos raios, como se quisesse entrar no meu caderno.
As nádegas sempre saem
fora da linha, os seios passam a linha superior, o ventre ondula junto da vírgula,
a boca se abre em exclamação, os olhos se interrogam e os sentidos querem…
Querem que eu continue
a escrever… São enormes as palavras, tão enormes que se erguem na vontade. O
equivalente a duas realidades, a palavra e o ser enorme…
Eu escrevo… Tu me
ergues…
As palavras sussurram
e se adelgaçam… O amor se aperfeiçoa e se contorna…
A poesia e o amor… A
arte que não se conforma… Não para, até que me doam os dedos…
Eles fazem parte do
teu ondular, do meu ondular… Da minha escrita…
São enormes as
palavras… E é impossível não acreditar nelas, elas sabem o que eu não sei,
somente imagino…
Sou tão pequeno nesta
arte, que enorme são as palavras que dançam nas linhas da minha imaginação… Amo
escrever e sonhar… Elas sorriem… E tu.
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