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sábado, 4 de junho de 2016

Nada sou perante as palavras

Nada sou perante as palavras

São enormes as palavras, que as sinto adelgaçadas e perfeitas nos seus contornos.
São disciplina em forma de rapariga, digo rapariga no seu ondular, onde as vejo sentadas nas linhas do meu sonhar… Um sonhar feminino.
A linha onde as escrevo faz com que as desenhe perfeitas, como perfeitas são em cada milímetro, as palavras que escrevo para ti…
Presto homenagem às palavras imaginadas e perfumadas num corpo que imagino… Vénus. E vénus és tu…
São enormes as palavras que imagino no centro do erótico do meu cérebro, são obra-prima em cada ondular da minha massa cefálica.
Enormes são pela nudez as palavras que imagino no horizonte, para lá de um sol feminino, que me transporta através dos raios, como se quisesse entrar no meu caderno.
As nádegas sempre saem fora da linha, os seios passam a linha superior, o ventre ondula junto da vírgula, a boca se abre em exclamação, os olhos se interrogam e os sentidos querem…
Querem que eu continue a escrever… São enormes as palavras, tão enormes que se erguem na vontade. O equivalente a duas realidades, a palavra e o ser enorme…
Eu escrevo… Tu me ergues…
As palavras sussurram e se adelgaçam… O amor se aperfeiçoa e se contorna…
A poesia e o amor… A arte que não se conforma… Não para, até que me doam os dedos…
Eles fazem parte do teu ondular, do meu ondular… Da minha escrita…
São enormes as palavras… E é impossível não acreditar nelas, elas sabem o que eu não sei, somente imagino…
Sou tão pequeno nesta arte, que enorme são as palavras que dançam nas linhas da minha imaginação… Amo escrever e sonhar… Elas sorriem… E tu.

José Alberto Sá

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