As gravatas da minha
terra!
Quantas vezes as
gravatas se mostram na varanda e os sorrisos se mostram bêbedos pelo egoísmo…
Quantas vezes!
Quantas vezes as
gravatas voam no vento, quantas varandas e palácios se enchem de vazio!
É o poder!
Na minha terra…
Quantas vezes o abraço não se sente!
Quantas vezes pedaços
de gente se aproxima… Aparecendo por baixo e não chegam lá acima!
As gravatas se apertam
num nó perfeito, garras de um jeito, que só alguns sabem fazer… E no poleiro fazem
do sorriso, um agasalho inexistente!
Na minha terra…
Quantas vezes o homem disfarça o contente!
Quantas vezes, enganando
o sorriso, amando a vida, para que aquela flor que nasceu, se faça gente!
Talvez um dia os lobos
deixem os cordeiros em paz, esses demoníacos engravatados, os que uivam pelo
sorriso, sem que seja preciso!
Na minha terra… A
alcateia está em contra mão, existem cordeiros e um lobo em extinção!
E as gravatas
continuam a provocar, sorrindo no seu passar e dizendo no seu olhar…
Mediocridade, pobreza, ganância, intolerância, mesquinhez… Uma… Duas… Três… E
outra vez!
É o poder!
Depois… Voltam à
varanda, sorrindo e acenando mentiras…
Na minha terra…
Quantas vezes se acena! Valerá a pena?
E quantas vezes mais
serei enganado! Talvez exista uma força maior e que essa mão, me dê razão…
Gravatas e varandas eu
não quero… Mas sentir as gravatas que acenam com o coração, seria de todo um
desejo… E aí viria à varanda, olhar a gente da minha terra e lhes soltar um
beijo…
Na minha terra existem
gravatas… E varandas… Mas existe algo que as supera… O amor que eu tenho e o
amor de alguém que me espera!
José Alberto Sá
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