Quero
viver contigo…
A
minha aldeia precisa de mim… Mas é na tua que quero viver…
Abram-se
as margens desse rio fechado para mim, abram-se as águas frias e perdidas.
Pois
perdido também está meu coração. E ao olhar-me nas águas, sinto lágrimas, sinto
medo… Desilusão.
A
terra é estranha… O rio passa e atravessa a entranha, com uma vontade copiada
por mim.
Assim…
Sou emigrante de uma aldeia não sei onde! Numa aldeia que não me conhece, numa
casa que não me viu nascer, mas que me quer prender e não me ver partir.
Abram-se
os braços, nas margens do amor que me falas… Abram-se os lábios de uma boca que
não calas… Mas que em silêncio me oferece um pedido…
Quero
muito… E quando o olhar se reflete na água, na tua íris, imagino uma menina doce,
tão doce que a minha pátria não me troca… Mas aceita a verdade do nosso amor.
A
minha aldeia precisa de mim… Mas é na tua que quero viver…
José
Alberto Sá
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