Desejo-te
sentir…
Nunca
te conto o que sonho…
Nunca
te digo o que desejo, pois ele é superior ao escuro do meu quarto… Superior ao
negro dos meus olhos quando os fecho, superior ao desejo de poder voar e
desejar-te sentir.
Nunca
te conto nesta vontade de sentir o que vejo, sem ver… O que desejo no sonho, o
que toco sem tocar…
Também
nunca me perguntas o que sonho, nem tão pouco me olhas nos olhos e me beijas…
Sabes
que o diálogo do meu dormir é viver sonhando, é viver e aprender como tocar o
céu vestido de gemidos e sentires capazes de me fazerem corar ao acordar.
Nunca
te conto, mesmo quando dormes longe de mim, mesmo quando o mar é uma espuma
branca e suave… Mesmo quando me apetece romper o segredo.
Mesmo
quando os dedos te desejam tatuar… Nunca sabes que te desejo. Nunca me
perguntas e eu nunca te conto…
Tu
sabes que te desejo, agora só preciso acordar e ter-te a meu lado. Nunca te
conto quando durmo sozinho… Pergunta-me?
Pois…
Se me perguntasses era sinal de que te tinha.
Nunca
te conto e hoje nesta louca excepção te digo: Desejo sentir-te, quando vieres…
José
Alberto Sá
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