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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Flutuante

Flutuante

Flutua amor, és vento que sopra pelas narinas deste ser… Amo sentir-te em aromas e essências especiais… Tu és especial.
Flutua como se fosses o bote que navega na minha banheira, diverte-te… Eu sou diversão… De qualquer maneira…
Solta as amarras dessa vela e retira de ti a capa que esconde a nudez… Flutua comigo só mais uma vez.
Deixa-te levar nas ondas deste corpo e sente a âncora espetar fundo… sente como eu, nas areias de um corpo que amo imaginar… Meu amor… Meu mar de amar… Tu.
Revela-te no banho onde as ondas se misturam comigo, sente a turbulência do mastro ao sentir o vento que sopra… Uma voz doce que sabe beijar… Tua boca… Minha boca… Mesmo mar.
Na minha banheira, sente o navio pirata que se aproxima… Por baixo… Por cima… Na espuma, na sensação pura, leve, soberba… Pluma.
Flutua nas palavras que escrevo e garante a tua presença, a tua poderosa viagem flutuante… Onde te sentes e eu sinto completamente a infinita coragem… Flutuar contigo…
Flutua nesta aventura… O prazer é durante e depois do acontecer… É eternamente um bote que navega na minha banheira, que vive de olhos para amar neste mundo de amor, que não me abandona…
Teu querer… Meu querer, comigo na banheira, num bote à deriva… Comigo a flutuar… Sentindo-me à tona…
Amar… Amar… Amar…


José Alberto Sá

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