Corpos
E
os corpos esbeltos rebolaram nas linhas de mil bordados
E
nos roliços ais, os corpos misturaram-se no lençol…
Não
tem mal!
Uma
menina desapertava e se diluía noutro corpo, sem camisa.
E
os corpos esbeltos pecaram diante do amor…
Compilados…
Sobre
dunas, montanhas, ventos e mares… Cantos na brisa
E
os corpos se torceram, se tocaram em banquete, valsas nos pés, tango nos braços…
Abraços,
cantigas do flamengo sobre o tapete
E
os corpos casaram gemidos, sorriram diante das línguas impúdicas, pela fome
E
os corpos se escaqueiravam de bocas abertas, cantavam delírios…
E
as mãos arrepiavam caminhos, dedos exploradores em cabelos humedecidos
E
os corpos encenavam um céu, os gestos e os sentidos agitavam o elemento…
O
fogo… Do qual o fumo conheceis
A
água… Da qual bebe o prazer
O
ar… Do qual o vento é amanhecer, de um vai e vem privado
E
os corpos se amam, num completo intelecto
E
os corpos se enrolam vestidos pelas linhas de mil bordados
…
Ela ergue feliz a saia até á cintura
…
Ela tapa radiante a pele em linhas de sedução
…
Ela sorri… Quer mais… É pura
…
Ele em vénia agradece o bordado, num beijo de coração
E
os corpos se amam… É belo… é bom…
José
Alberto Sá
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