Arrepio
poético
Arrepio-me
pela dimensão amorosa que dou a cada poema, sinto até histeria, o quebrar das
regras dos meus sentidos.
Preconizo
a dimensão que se escapa da minha cabeça… O poema merece muito mais, muito mais
que a vontade do apetecer e eu peço sempre que aconteça.
O
poema é mar onde me aventuro.
O
poema é folha em branco que preencho e me satisfaz.
O
poema… O meu poema é muito mais que onda revolta, que o vento forte que se
solta… Meu poema é sentimento audaz.
O
meu poema é luz, é amor e é puro.
Arrepio-me
pelas florestas lendárias, onde visto de pérolas a minha poesia. Sonho pelas
palavras onde desenho mulheres… Mulheres… Mulheres…
Nunca
me canso de dizer que amo o feminino… Mulheres… Por isso arrepio-me onde
repousa a minha caneta, sim, naquela pele branca que visto de lantejoulas
famintas, as minha vontades sensuais.
Arrepio-me
se conto fadas adormecidas, amo acordá-las e não é o beijo que dou… É o amor
que ofereço do corpo que possuo, o rasgar onde ilustro o que sou…
E
sou o suave embalar, o enigma que transgride o pecado, o interdito aos olhos de
quem não vive a juventude… Eu vivo juventude… Por isso uso a cegueira do amor…
Por isso arrepio-me…
E
redobro esta minha apetência pela poesia… Amo a poesia nua… Na minha folha… Na
tua linha escrita por mim… Enfim… Simples…
Simples
como o arrepio num rasgar de véu… Um poema mais… Amor… Poesia… Um céu…
José
Alberto Sá
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