Erógeno
Talvez
nunca consigas imaginar o surreal que existe neste corpo, sou carne de órgãos
erógenos… Sou Homem…
Talvez
nunca consigas imaginar o sublime que existe em mim, sou pele de arrepios
sensoriais, onde a obsessão és tu… És mulher…
Talvez
um dia te consiga traduzir a minha febre, o meu quente desejo, os meus suores
de paixão… Talvez um dia te sinta em minha mão… Ambos seremos…
Seremos
a importância dos olhares abstractos, olhares sem código, sem sentimento…
Olhares putrefactos pelo ciúme… Talvez nos olhem…
Eu
sugiro que a imagem transportada por nós, seja de amor, seja têmpera de
perfumados calores… Eu sugiro que me queimes…
Só,
torrado pelo teu ventre me sentirei capaz de ultrapassar o surreal que existe
neste corpo.
Neste
órgão erógeno… Sou homem… És mulher… Ambos seremos…
Talvez
ninguém repare que caminhamos de mão dada… Talvez descubram e nos olhem a
sorrir…
Pois…
Talvez nos olhem e desdenhem… Pois quem desdenha, quer… Não vai ter… Sou teu…
Talvez
sejas minha… Erógena de vontades como eu.
José
Alberto Sá
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