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sábado, 9 de agosto de 2014

Sem sol... Sem lua

Sem sol… Sem lua

Eu não compreendo, porque a rua me transporta às cantigas com sentimento… Talvez por sentir a ausência de alguém…
Olho o céu e… As nuvens trepam pelo meu sentir e se evaporam, dentro do meu coração… Eu não compreendo todo o amor, que sinto na minha rua…
E eu tanto a estimo.
É ao chegar à rua que me atrevo a seguir-te… És a direcção do meu olhar… O meu azimute…
Eu não compreendo…
O porquê da rua me levar pela berma… Quando lembro o sentido das palavras que trocamos… E foram tantas… Amava caminhar pelo centro…
Mas não…
A rua continua cinzenta… A cor suja que trilho na esperança de uma outra cor… Talvez um dia contigo… Os caminhos sejam de amor.
Eu não compreendo a vida sem jardins… Sem bermas floridas… Sem margaridas e outras flores…
E a rua comigo, seria contigo amor… Os meus olhos nos teus… Compreenderia…
Mas não…
Eu não compreendo, porque a rua se evapora por debaixo do meu passo, quando nada levo, nem tu. Me trazes algo…
Tu por vezes não caminhas na mesma rua… Foges-me.
Eu não compreendo a minha rua, sozinho… Teus passos fazem-me falta… Ou simplesmente o teu olhar… Teu falar… Teu carinho…
Amava compreender a minha rua… Contigo.
É miserável sentir o meu universo boémio por não te ter… Lê o preto desta folha…
Escrevi na rua… No boémio de ti… Nua…
Eu não compreendo a minha rua, sem um sol… Sem lua.



José Alberto Sá

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