Sem
sol… Sem lua
Eu
não compreendo, porque a rua me transporta às cantigas com sentimento… Talvez
por sentir a ausência de alguém…
Olho
o céu e… As nuvens trepam pelo meu sentir e se evaporam, dentro do meu coração…
Eu não compreendo todo o amor, que sinto na minha rua…
E
eu tanto a estimo.
É
ao chegar à rua que me atrevo a seguir-te… És a direcção do meu olhar… O meu
azimute…
Eu
não compreendo…
O
porquê da rua me levar pela berma… Quando lembro o sentido das palavras que
trocamos… E foram tantas… Amava caminhar pelo centro…
Mas
não…
A
rua continua cinzenta… A cor suja que trilho na esperança de uma outra cor… Talvez
um dia contigo… Os caminhos sejam de amor.
Eu
não compreendo a vida sem jardins… Sem bermas floridas… Sem margaridas e outras
flores…
E a
rua comigo, seria contigo amor… Os meus olhos nos teus… Compreenderia…
Mas
não…
Eu
não compreendo, porque a rua se evapora por debaixo do meu passo, quando nada
levo, nem tu. Me trazes algo…
Tu
por vezes não caminhas na mesma rua… Foges-me.
Eu
não compreendo a minha rua, sozinho… Teus passos fazem-me falta… Ou
simplesmente o teu olhar… Teu falar… Teu carinho…
Amava
compreender a minha rua… Contigo.
É
miserável sentir o meu universo boémio por não te ter… Lê o preto desta folha…
Escrevi
na rua… No boémio de ti… Nua…
Eu
não compreendo a minha rua, sem um sol… Sem lua.
José
Alberto Sá
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