Cores de um sol
Amo
o ruivo se o sinto voar, a cor da liberdade num sol que se oferece para nos amar.
E
perante as cores, amo Vénus a deusa imaculada do amor, é dela a pele doce que
desliza nas vontades coloridas do meu olhar.
Permitem-me
dizer que adivinho as cores do medo, do frio… Mas também adivinho as cores da
luz e do brilho… Pois eu…
Liberto-me
perante todas as cores…
E
não hesito em escolher uma cor só para mim… Não vos digo… Mas quem me quiser
olhar pela cor do céu, que venha… Que venha comigo e se desnude nas cores do
amar… Como mulher de cor pura… Nas cores da liberdade sentidas a flutuar. Aí
saberá a cor escolhida… Porque…
Liberto-me
perante todas as cores…
Perante
as cores, eu danço o erotismo, dou passos coloridos que vou soltando, como se
solta uma pena na brisa… Ou essa pena se prende como garras num abraço que
pergunta: De onde vens suavidade? Mãos de pluma… Macias, tão perfeitas como num
mar a espuma.
E
na verdade…
Liberto-me
perante todas as cores…
É
perante as cores que o tango é presa fácil… Tão fácil, que as garras que me
seguram os ombros, são a resposta às cores berrantes, que se deliciam no meu
pensar.
E
solto o meu colorido… Perante as cores eu vivo intensamente… Devagar…
Liberto-me
perante todas as cores…
Perante
as cores… Eu voo, eu viajo fora da gaiola… Qual pássaro livre.
Permitem-me
dizer que nas minhas cores, eu também misturo cinzas, o preto e o branco.
E não
hesito em escolher uma cor…
E
porque todas me fazem diluir, eu as misturo na minha dança do amor…
E
porque todas me fazem sentir em liberdade… Eu lhes dou cor…
Liberto-me
perante todas as cores…
A
vida é surpreendentemente colorida… Uma paleta universal que nos é oferecida.
E
perante as cores eu amo a liberdade.
A
mais bela cor… Porque é em liberdade, que se vive o amor…
José
Alberto Sá
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