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domingo, 31 de agosto de 2014

Cores de um sol

Cores de um sol

Amo o ruivo se o sinto voar, a cor da liberdade num sol que se oferece para nos amar.
E perante as cores, amo Vénus a deusa imaculada do amor, é dela a pele doce que desliza nas vontades coloridas do meu olhar.
Permitem-me dizer que adivinho as cores do medo, do frio… Mas também adivinho as cores da luz e do brilho… Pois eu…
Liberto-me perante todas as cores…

E não hesito em escolher uma cor só para mim… Não vos digo… Mas quem me quiser olhar pela cor do céu, que venha… Que venha comigo e se desnude nas cores do amar… Como mulher de cor pura… Nas cores da liberdade sentidas a flutuar. Aí saberá a cor escolhida… Porque…
Liberto-me perante todas as cores…

Perante as cores, eu danço o erotismo, dou passos coloridos que vou soltando, como se solta uma pena na brisa… Ou essa pena se prende como garras num abraço que pergunta: De onde vens suavidade? Mãos de pluma… Macias, tão perfeitas como num mar a espuma.
E na verdade…
Liberto-me perante todas as cores…

É perante as cores que o tango é presa fácil… Tão fácil, que as garras que me seguram os ombros, são a resposta às cores berrantes, que se deliciam no meu pensar.
E solto o meu colorido… Perante as cores eu vivo intensamente… Devagar…
Liberto-me perante todas as cores…

Perante as cores… Eu voo, eu viajo fora da gaiola… Qual pássaro livre.
Permitem-me dizer que nas minhas cores, eu também misturo cinzas, o preto e o branco.
E não hesito em escolher uma cor…
E porque todas me fazem diluir, eu as misturo na minha dança do amor…
E porque todas me fazem sentir em liberdade… Eu lhes dou cor…
Liberto-me perante todas as cores…

A vida é surpreendentemente colorida… Uma paleta universal que nos é oferecida.
E perante as cores eu amo a liberdade.
A mais bela cor… Porque é em liberdade, que se vive o amor…


José Alberto Sá

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