Uma
parte de ti
Não
sei porque ainda te olho… Pedra
Longe
te imagino em palácios de renda… Onde a nudez é a tua pele branca… Pura e
única… Pedra do mar que um dia encontrei…
Não
sei…
Porque
ainda te olho… Sendo tu… Pedra
Talvez
seja esse o motivo… Nua… Despida de trajes sedutores…
Despida
de voz… De maldade…
Quando
te peguei senti-te erótica… Pedra redonda de fenda arrojada
… Mas
pedra
Tuas
ranhuras me fazem erguer a mitologia… O acreditar que farias parte de uma deusa
de mármore, que um dia perdeu no meu mar, a sua virgindade
Se
verdade? Não sei… Sei somente que te tenho em meu abrigo… Pedra
O
pretexto de te ter ainda… É fantasia do
meu livre pensar… Imaginar que ainda me chamas, através da tua dama… Talvez
Vénus… Talvez uma dama perdida por aí
Olho-te
e sinto-te completa… Pura pedra… Como pura é a dureza de ti…
Não
sei porque ainda te olho…
Longe
te imagino bela… Pedra de um erotismo simples, mas fatal…
Porque
ainda te tenho… E não sei porque te olho…
Menina
fria e distante… De mil segredos… Mas sensual
José Alberto Sá
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.