Imagino-te…
Se
voas nesse lugar… Andorinha…
É
porque sabes contar a mais doce adivinha… Contada num céu, que sinto por não
saber se um dia serás minha… Não sei responder…
E
se voas nesse sonhar… Andorinha
É
porque saber sentir nas tuas asas… A cor do meu desejo… O vulcão aceso dentro
de mim… O fogo… A cinza… As brasas…
Sabes
Andorinha? Sinto-te em cada voo… Em cada batida, em cada movimento, em cada
pena tua…
Meu
Deus… És a pureza nua… No teu voar…
Desnudo-me…
Se me olho ao espelho das águas cristalinas do meu lago… Sonho-te…
Bebo-te…
Toco-te e afago…
Cada
onda que minha mão faz… Ondula a vontade… O prazer… O amor… A paz…
A
paz és tu nesse longe, nesse infinito lugar… Longe… Tão longe que te sinto um
pontinho negro no céu… O meu céu…
Preciso
que desças daí… O teu cheiro, não sei como é… O teu toque, não sei o macio e a
leveza que iria sentir… Ah… O teu sorrir, como seria bom beijá-lo… O teu corpo
poder abraçar… E voar… Sim voar, sei que me levavas… Eu sou leve, poderia ir
numa das tuas asas… Prometo não te tocar… Até que poises…
Depois
posso brincar contigo… Mas tu…
Se
voas nesse lugar… Andorinha…
É
porque sabes contar a mais doce adivinha… E que eu não sei responder…
Um
dia? Sim um dia… Poderá acontecer…
Adivinharei…
Que voar eu também sei… Se for contigo…
José
Alberto Sá
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