Apeteceu-me…
E a ti?
Hoje
apeteceu-me imaginar o céu, a terra a as ondas a troar
Trovões
que imaginei rebentar o brilho do meu olhar… Este meu olhar feito cometa.
Uma
imitação de planeta, que sabe iluminar o meu coração… Esta luz que vos mostro com
os raios de letras, escritas no céu, na terra e nas ondas de mil poemas…
Hoje
apeteceu-me sentir este coração que te quer… E se sente, feito bomba… Uma
imitação de estalidos, fogo-de-artifício e lava que sinto descer pelo desejo,
meu corpo no teu… O amor na nossa sombra.
A sombra
imaginada por mim… Neste meu louco dia do apetecer, em que a voz teve medo dos
ferimentos… Do teu não… Do teu sim…
Hoje
apeteceu-me imaginar os instrumentos que tangem, que dialogam com os seres
celestiais, aqueles que coabitam o que sinto por ti…
O
céu, a terra e as ondas a troar… Hoje apeteceu-me imaginar…
Trovões
que me deixam velejar pelas entranhas do universo…
O
teu verso… O meu poema que não esqueço…
Pois…
Esquecer seria não sonhar com os raios que dançam ao som dos zumbidos… Sons
pontiagudos… Aquele inebriante, fino e doloroso timbre… Quando me foges…
E
na fuga sinto-me incapaz de voar, de correr e saltar… De sentir as ondas, a
terra e o céu…
Onde
o céu… És tu…
Onde
a terra… É o amor que me acena…
Onde
as ondulações são o amor de um imaginar, que ao troar… Sempre vale a
pena…Sonhar…
Hoje
apeteceu-me…
E
a ti?
José
Alberto Sá
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