Nada tenho material… Tenho
amor
Calar-me
Nunca…
Jamais serei a ausência de
palavras
Abras ou não abras
Nunca…
Me irei sentir em silêncio…
Não calo a minha boca
Nem que me torturem,
com uma folha em branco
Nem que me abandonem,
em qualquer canto
Calar-me
Nunca…
Trata-se de gritar por pão
Jamais serei a ausência de
trigo
A palavra será escrita por
minha mão
Sempre…
Jamais calarei a voz do
mendigo
Nunca…
Nunca mais me calo
Não serei caminho sem saída
Serei a razão do que falo
E jamais…
Jamais serei a partida
A pergunta sem resposta
Nunca serei o que não digo,
serei sempre a frase oposta
O nunca…
Nunca serei ausência
Serei eternamente vosso amigo
E a paciência… Essa dor
É sentir o fumo que grita
pelas cinzas
Pela angústia de quem não tem
abrigo
E luta como eu luto,
com amor
José Alberto Sá
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