Não adianta, sou poeta
Não adianta,
mares de vidro dilacerante
Mergulharei nas ondas desses
estilhaços
Nada me segura
Sou poeta, sou amor… Sou
mente pura
Sou candura…
Sou amante
Sou em braços triunfante
Mergulharei nesse mar
E sem parar
Sangrarei dos braços
Não adianta,
Céus de fogo
Chama de ardente lavareda
De mim não há queixume
Nada me pára
Sou poeta, sou abrigo… Sou
perfume
Sou no verde a vereda
Sou a luz da minha cara
Sou em passos o caminho
E sem olhar
Não deixarei apagar
o fogo do teu carinho
Não adianta,
A terra em fissura
Gretas ingremes e profundas
Continuarei a lutar
Nada me fará desistir
Sou poeta de mente pura
Sou a loucura quando me
inundas
Sou poesia de mar
Sou a vontade do céu
Sou na terra o sorrir
E sem parar,
lutarei pelo que é meu
Não adianta,
Nem mar de estilhaços
Nem céu de fogo
Nem terra de aflições
Irei até ti
Nem que morra em teus braços
Nem que a vida seja um jogo
Serei teu um dia
Porque para ti eu nasci
Sou poeta, com dois corações
José Alberto Sá
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