O resto
O resto já não vive para mim
O resto já não é para lá do
fado
O resto… É o sonho acordado
Que fala do céu, do rio, do
mar… Enfim
O resto já só fala da morte…
Da vida
O resto … É o acordar onde
tudo se resume
O resto de um adeus aos olhos…
A despedida
Que fala sem lume, sem
queixume… É ciúme
O resto já não tem graça, nem
beleza
O resto já não enfeitiça,
somente o dano
O resto… É luz, é paz sem
natureza
O resto de uma vida ao
desengano
O resto de um amor sem
certeza
Que fala sem voz, sem razão,
com engano
José Alberto Sá
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