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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Amo-te... Disseste em voz de trigo

Amo-te… Disseste em voz de trigo

E o vento passou
Chamou por mim, naquele campo de trigo
Chamou…
O vento perfumado soprou assim…
Numa voz pastoril
Numa claridade num céu anil
E me cantou…
A mais bela canção…

E o vento… Num aperto de mão
Soprou palavras em segredo
Estava no campo, num campo de rosas
Onde pétalas enfeitavam o arvoredo
e o meu coração
E o vento…
Falou-me as mais belas palavras… Amorosas
O vento…
Trazia um som de cantiga
Trazia até mim uma amiga
Que imaginei a todo o tempo

E o vento me soprou ao ouvido
Numa voz levitante
Que naquele instante
Foi o som mais querido

Um sopro que saiu da mais bela boca
Lábios carmim…
… Quando me disse que sim…
Que por mim estava louca
Tão louca que foi de ouro o sentir
O receber o vento no campo pastoril
Ouro de trigo, ouro de amor
Um vento de beijos… Mais de mil
Foi o vento… Foste tu…
Trigo meu… Ceara tua…
Amor nosso… Onde o vento continua


José Alberto Sá

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