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domingo, 22 de setembro de 2013

Garra macia que me prende

Garra macia que me prende

Sinto que és o contrário das trevas
Garra que segura a minha ceda
Este meu tecido que levas
Este frágil corpo que embebedas
Com o louco amor da tua lavareda

Sinto que correrás pelos poros que amacias
Garra tua afiada que sabes deslizar
Por este meu tecido que acaricias
Este frágil corpo de pele que não conhecias
Nem sabias… Que era tão bom a amar

Sinto que me arranhas, como quem toca harpa
Garra com unhas pintadas com a mais bela cor
Para mimar este meu corpo que não se farta
Este frágil poema que levas na carta
Para que ao abrir a sintas com amor


José Alberto Sá

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