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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Senhor! Não sou nada...

Senhor! Não sou nada...

O senhor do nada
Apenas senhor de uma papila gustativa
Senhor de sonhos vulvar
Apenas o ser que atrai a danada
A flor que se abre e me cativa
E me leva até seu botão para saciar

O senhor de letras dotadas de ideias
Apenas senhor que ama a curva depravada
O senhor do nada
Sem calças, sem camisa,
com gravata e sem meias
O senhor que saboreia o cuspo
De uma boca vermelha
O senhor que geme quando se aparelha
Senhor do nada a todo o custo

O senhor que não escapa á palmada
A dureza de um traseiro que desafia a noite
Apenas o senhor que cala a fome do falo
O prazer numa noite estrelada
Onde a palmada virou açoite
Numa nobre noite, onde o sexo eu não calo


José Alberto Sá

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