Geometria dos sentidos
A geometria apodera-se do meu sim
Move-se na sombra reta à minha frente
Na sombra de um homem que sai de mim
Gravada pelo sol no caminho que me sente
Sinto as roldanas da vida que sonho
Quadrados que me bloqueiam a saída
Círculos na imitação da lua onde me ponho
E me sinto partir na reta sem partida
É a geometria que se apodera
No cilindro com membros e cabeça
Pensamentos que amam o triângulo da quimera
E me levam pelas sombras retas, talvez mereça
Saio à chuva, amo os vértices desenhados
Humidade escoltada pelos órgãos de quem assumiu
Que a geometria podem ser dois corpos amados
Na alma da poesia, na geometria que me uniu
Saio ao sol, amando cada raio na sua cor
Na vertical, na horizontal ou transversal
Geometrias que se movimentam no amor
Traços do que sou... O apêndice no triângulo divinal
José Alberto Sá
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