Uma carta ao
meu caminho
Caminhei por
aí sem saber onde parar
O caminho
levava-me sem rumo, sem tempo
Um tempo que
contei, sem contar
A conta de
uma vida sem caminho para andar
Mas fui
andando pelo toque da brisa, sentindo o vento
Frios
sentidos, sem sentido
Calores
provocados pelo andar sem destino
Sentidos sem
caminho, sem passos de menino
O menino que
cresceu e pelo mundo se atreveu
Por aí,
sorrindo para os abutres sem saber
Chorando com
medo de quem não faz mal
Caminhos
irreais, onde o rumo é o nosso apetecer
Apetites sem
prova, sem adoçante ou sal
São os
caminhos dos meus desabafos
Que não vos
vou contar
Segredos dos
passos de homem vivido
Com coração
de menino perdido
Caminho de
vontades levadas
Levadas por
trilhos por descobrir
Pedras que
formam labirintos do meu sentir
Sentidos sem
sentido, nas pedras pedradas
São a droga
da vida sem caminho
E eu…
caminhei e continuo a caminhar… Por aí
Caminhos sem
perdão, perdoados por mim
Caminhos de
desculpa, sem culpa do que senti
Caminhos
onde quero continuar,
mesmo que
não possa ficar
A minha
teimosia é amor pelos caminhos sem dor
Sou humano
nos caminhos dos sentimentos
Por isso
sinto os caminhos que não quero
E se os
sinto é porque já os vivi, sem viver em desespero
Caminhos sem
tempo, com tempo para o caminho
Caminhos ou
ventos… Sopros dos nossos tempos
José Alberto
Sá
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