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terça-feira, 18 de junho de 2013

Eu sinto-te

Eu sinto-te

Olho sempre o silêncio,
como palavras que queriam ser ditas
Adoro o silêncio…
Ele é o meu manto de cumplicidade
Silêncio cúmplice que me afaga… Porque não me gritas?
É meu… É nosso… É nele que te encontro
Claridade!
Muita claridade!
Nem sinto o peso do silêncio… Sinto-o como os teus beijos
Sinto-o como sinto no papel os teus traços
É o meu silêncio que me inunda de desejos
Sem peso dos toques que sinto dos teus abraços
Olho sempre o silêncio, como um refúgio de amor
Engano-me a mim próprio… Porque o silêncio não sou eu
Eu tenho outra cor…
Uma cor suave, um azul perfumado e limpo como o céu
Mas…
Até o céu é silêncio… Amo-o assim cristalino
Pois o meu amor é de menino
Hoje o meu silêncio é intolerável, estás presente
Então é aí que me sinto cúmplice, sem fuga, sem saída
Magoado por não ter coragem da minha paixão
É aí que o meu silêncio te sente
Romântico, perfumado, sem despedida
Porque este meu silêncio tem uma razão
É uma força que retrai
Uma tela misteriosa onde me pinto
Um silêncio gritante á luz de meu Pai
Um silêncio que adoro… Porque te sinto


José Alberto Sá

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