Eu sinto-te
Olho sempre
o silêncio,
como
palavras que queriam ser ditas
Adoro o
silêncio…
Ele é o meu
manto de cumplicidade
Silêncio
cúmplice que me afaga… Porque não me gritas?
É meu… É
nosso… É nele que te encontro
Claridade!
Muita
claridade!
Nem sinto o
peso do silêncio… Sinto-o como os teus beijos
Sinto-o como
sinto no papel os teus traços
É o meu
silêncio que me inunda de desejos
Sem peso dos
toques que sinto dos teus abraços
Olho sempre
o silêncio, como um refúgio de amor
Engano-me a
mim próprio… Porque o silêncio não sou eu
Eu tenho
outra cor…
Uma cor
suave, um azul perfumado e limpo como o céu
Mas…
Até o céu é
silêncio… Amo-o assim cristalino
Pois o meu
amor é de menino
Hoje o meu
silêncio é intolerável, estás presente
Então é aí
que me sinto cúmplice, sem fuga, sem saída
Magoado por
não ter coragem da minha paixão
É aí que o
meu silêncio te sente
Romântico,
perfumado, sem despedida
Porque este
meu silêncio tem uma razão
É uma força
que retrai
Uma tela
misteriosa onde me pinto
Um silêncio
que adoro… Porque te sinto
José Alberto
Sá
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