O ato num dia só
Queria parar... Mas quero sentir
O tecido que por mim passa
O cetim dos lençóis
Queria parar... Mas estou a sorrir
O tecido entrelaça-se e me assa
Aquece-me os sulcos da pele
Como se fossem mil sóis
Queria parar... Mas sou o imundo
O másculo sem freios e amado
Queria parar... Mas estou flexível
Embrulhado neste emaranhado de tecidos
Desejo-te tanto, que em ti me afundo
partilha de um contacto apaixonado
Queria parar... Nesse ventre apetecível
Vulcão dos apetecidos
Ergo-me duro para uma conversa
A tua voz é leve
Queria parar... Mas o duro sou eu... Cabeça submersa
Queria parar... Mas esta mão que me toca,
é vontade que não se conteve
Estou sozinho... Aqui
Sonho contigo de coração,
são os desejos artísticos em ti
Queria parar... Mas é frenética a imaginação
Queria parar... Mas...
José Alberto Sá
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