Na horizontal...
Mulher
Rabisco na parede
Uma linha horizontal
E eu na vertical
Sinto-me com sede
De beijar a linha que
deitada
me parece tão real
Rabisco o meu corar
A indecência do
fetichismo,
daquele rabisco que
me faz sonhar
Simples, mas capaz do
exorcismo
Que fiz eu! Ao
rabiscar morbidamente
a mulher deitada...
Um rabisco
Uma linha horizontal
absorvente
Qual necessidade...
Meu petisco
Rabisco...
É inesgotável a
sensação
De olhá-la e sentir a
linha nua
Insuportável querer
da minha imaginação
Rabisco na parede da
minha rua
Belo... Minuciosamente
traçado
Mulher...
Não uma perfumada qualquer
A deusa pela qual me
sinto apaixonado
José Alberto Sá
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